segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Quando guria... (de Alma Welt)

(111)

Quando guria eu vi nosso pampeiro
Imenso desdobrar-se mais escuro
Num relincho com um mastro semi-duro
Apontado contra o solo do terreiro,

E então diante do meu olhar pasmado
Despejou a sua carga sobre o chão
Num lago viscoso e perfumado
Enquanto eu sentia um comichão,

O primeiro talvez de que me lembro,
Pois bem vira onde tivera sua guarida
Aquele avantajado e negro membro

Porquanto ao segurá-lo qual mangueira
Galdério o enterrara na trazeira
Da minha pobre egüinha Margarida.

11/01/2007

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