Uma tarde, saindo com meu cão
Senti forte apelo da bexiga
E como, pensei, um cão não liga,
Tratei de agachar-me e ali no chão
Fazer sobre a relva o meu xixi
Pois eu lera sobre as donzelas celtas
Que urinavam na charneca por ali
E creíam que as fazia esbeltas.
Mas eis que inusitado entra o cão
Na estória e também dentro de mim
Que não tivera, ai! nem tempo nem ação
Pois montou-me num tom peremptório
E fisgando-me co'aquele arpão carmim
Fez-me ver de quem era o território...
15/12/2006
sábado, 4 de agosto de 2007
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Um comentário:
Belo soneto, bela mulher e seu cão nas pradarias gaúchas, amor, amor demais na alma desta mulher, desta poeta que deve ser lida por todos os brasileiros.
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