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Uma vez, guria, vi um touro
Cobrir uma vaquinha muito terna,
E percebi um sutil abrir de perna
Para facilitar aquele estouro
Que na verdade entrou como uma luva
E despejou um rio em sua entranha,
Enquanto eu me via um tanto estranha
A pensar em minha própria vulva
Que seria um dia adentrada
Como uma posta de carne devassada
E que era a feminina condição,
Sermos feitas pra isso, e espantoso:
Um belo e puro cálice carnoso
Para a crua e pertinaz penetração.
20/11/2006
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
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