domingo, 5 de agosto de 2007

Oferenda (de Alma Welt)

Esta noite vou dar e receber
As dádivas do amor que mereci.
Sou bela, estou nua e antevi
Teus passos antes mesmo de te ver.

Coloco-me de bruços, não! de quatro,
Como outrora as nossas ancestrais,
Oferecendo a colina para o mastro
E a visão de delícias desiguais.

Se vieres por trás, é uma fenda,
Por cima um botão também rosado,
Mas garanto-te, não faço a encomenda:

Não precisas ser precipitado,
Por qualquer dos dois que começares,
Paciente aguardarei tu revezares.

12/12/2006

Um comentário:

Anônimo disse...

Belíssimo soneto. Alma Welt nos encanta com versos que nos levam para a mais doce alcova.