sábado, 4 de agosto de 2007

Eros-parnasianismo (de Alma Welt)

Vem, irmão Adonis, sobre mim...
Como é doce sentir o teus cabelos,
E logo, estando nus, os teus pentelhos
Como o adejar de um querubim

Sobre o monte da divina Afrodite
Nascida das espumas de si própria,
Da concha nacarada em cornucópia
Que não de outros mares, acredite!

E quando penetrares nos umbrais
Assim que o nácar das barreiras rompas
Poderás, senão ouvir as minhas trompas,

Mas aquosos murmúrios indizíveis
Que aos comuns podem mesmo ser rizíveis
Mas que aos eleitos costumam ser fatais.

05/01/2007

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