(11)
Uma vez, guria, vi, estarrecida,
Um peão e sua chinoca no galpão.
Sobre a palha, seminua, estendida,
Ela gemia como em parto ali no chão.
Tinha as pernas no ar e muito abertas
E o gaúcho mergulhava em suas coxas...
E eu, de onde estava, entre frestas
Via detalhes que poriam outras roxas.
Sim, eu via como aquilo adentrava
Chafurdando com estalos obcenos
Enquanto sangue e ranho exudava
Melando palhas agitadas qual acenos
Grotescamente coladas nas virilhas
Num flagrante de estranhas maravilhas!
20/12/2006
segunda-feira, 23 de julho de 2007
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