(9)
Quando nua eu me olho nos espelhos
É quando vêm as lembranças dos amores,
As mais doces carícias nos pentelhos,
As mucosas exalando seus odores,
O arrepio na nuca, o sussurro
Ecoando surdo em minha orelha
Num crescendo até virar um urro
Que a um grito de dor se assemelha.
Então entra uma certa crueldade
Como um querer morder ou devorar
Ou beber-me até a saciedade...
E me entrego assim despudorada
Pra que afinal me sintam exalar
O mais secreto perfume da Amada!
12/12/2006
segunda-feira, 23 de julho de 2007
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