segunda-feira, 28 de julho de 2008

Ao espelho (de Alma Welt)

Se começo a perceber-me tão sozinha,
Recordando o meu Vati (ah! como dói),
Com perigo de sentir-me pobrezinha,
Então algo em mim me reconstrói.

É quando começo a desnudar-me
Arrancando-me a roupa com furor,
E passo a realmente olhar-me
E meu ego finalmente recompor.

E logo erotisada e aberta assim,
Eu vejo que guria ainda eu soube
Que meu corpo era o reflexo de mim.

E eis-me triunfante frente ao espelho
Na glória da beleza que me coube
Em alvura e detalhes de vermelho!

09/05/2004

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