sábado, 9 de agosto de 2008

Na palha do celeiro (de Alma Welt)

Ponha a mão no meu seio, ó meu irmão!
Vê como bate comovido e acelerado!
Assim se pôs em mim com o encontrão
Que tivemos neste escuro inesperado.

As luzes vão decerto demorar
Com essa tempestade que há lá fora.
Aproveitemos e vamos nos deitar
Nesta palha que a mãe tanto deplora.

Deixa eu pôr a mão aqui em baixo
E libertar teu passarinho engaiolado.
No escuro eu cuido dele e o encaixo

Na conchinha que é seu ninho verdadeiro
Conquanto vai e vem (está assustado!)
Antes que as luzes voltem no celeiro...

(sem data)

Nenhum comentário: