Quando de noite o coração dispara
E me ponho, ali, deliqüescente,
Levanto-me do leito, a fronte quente
E lá vou eu a tremer como uma vara,
Tateando no corredor escuro
Até aquela porta iluminada
Somente pela fresta ou encostada
Para que eu a empurre sem apuro.
Então o vejo como Eros no seu leito,
Belo e nu, se no verão, em abandono,
De lado, adormecido, e muito ao jeito.
E enquanto mija em mim como bebê,
Por trás conduzido em pleno sono,
Eu adormeço como a doce Psiquê...
(sem data)
terça-feira, 8 de julho de 2008
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