A Giuseppe
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Tu foste, Giuseppe, quem um dia,
Ou melhor, uma noite me tombou
Sobre a mesa de jantar e sobre a pia
Na cosinha para a qual me convidou.
Era eu inexperiente e amorosa,
Mal chegada do sul com meus recatos,
Sentaste-me sobre a mesa generosa
A pretexto de tirar-me os sapatos...
E fui teu manjar branco, tua delícia,
Como disseste então com tua malícia,
A toalha para um lado arrepanhando.
Pratos, copos, vinho, o chão manchado,
O castiçal com a vela acesa iluminando
O estupro a tanto tempo acalentado!
06/04/2001
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
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